Corações perdidos nas madrugadas
Amanhecendo, lucidez alcólica
Que apaga a chama da esbórnia insólita.
Á Boemia, na cana ou cevada.
Bares são lares, os balcões com mágoas
De bebuns, que veneram um papo óbvio,
Filósofos que não crêem no sóbrio,
Apenas bebem no choro ou gargalhada.
Mas o Sol insiste em trazer angústia,
Fazendo o dono nos fechar a cara,
E ludibriar-nos na matemática.
Veteranos já conhecem a tática,
Também não pedem Coca-cola e água.
Não pagaremos essa conta injusta.