segunda-feira, 11 de março de 2013

Refazendo o percurso

Na infinidade do pensamento solitário, Reflito numa busca a mim mesmo, de onde vem isso? Eu me repito, sinto as palavras que fito, E minto quando as lágrimas driblo. Agradecido por estar limpo como um PET, um bicho rico, Por não estar doente no lixo como um filho lindo, fome e zica Daquele que explica rindo sem dente que a vida vive se esvaindo,sempre. Finjo o ritmo nesse RAP sem pensamento nítido, encarcerado Nesse nicho que nos cerca. No ar condicinado qualquer um se sente O Poeta. Enquanto escrevo essa merda na métrica Meu suor de sal escorre pela testa e estala entre as teclas Encaixando-se numa sutileza tétrica. Nessa delícia de desconforto, com malícia aplico fatias do meu Gosto louco, sabor de caos mental, flambado no sufoco do surto Torto, especiaria preparada com afinco, insânia de Absinto, Internamente absorto. Mágoas e mágicas, o provável ou o místico? Admirável é a margem de erro do procedimento estatístico. Desafio pessoal me implico, me irrito e frito o tal KNOW HOW enquanto FLIPO. Reciclo a mim mesmo, tempo? Reedito num falso instinto Erudito, delirando a esmo, Não me contento com qualquer complemento, No confinamento do caminho que me perco. Voltando ao início, por entre vícios e ócios, Por entre fósseis que são os papéis dos pensamentos antigos, Letras, Ingrato ofício. Burocrático serviço de gavetas, pesquisando-se ao relento. Refazendo o percurso.