domingo, 15 de agosto de 2010

R.I.P RM

Uns torrando irônicos
Seu próprio patrimônio.
Desviando do bafômetro,
Descaso num voo raso, ou atraso de caso crônico?

Homônimos e atônitos,
Em atos suicidas.
No espaço cultivado,
E trabalhado por famílias.

Otários geram algo trágico, homicidas.
Não falo que é por acaso,
Porque à culpa do disparo
É o despreparo de quem engatilha.

Se é hábito ou vício,
Um é apto, o outro omisso.
O que eu tenho a ver com isso?
Eu quem decido à minha vida ou o meu nível de desperdício.

Pode parecer ridículo,
Mas enquanto à grana for veículo de justiça,
Às vísceras das vítimas distraídas nas esquinas,
Continuarão sendo destruídas, por moleques sem juízo.

3 comentários:

  1. Pra quem não sabe, eu fui operado no mesmo hospital que algumas horas depois morreu o Rafael Mascarenhas, atropelado numa pista interditada aqui no Rio. Um dos médicos que tentaram salvá-lo falou comigo um pouco depois e me mostrou uma foto de celular que eu nunca mais vou esquecer.

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  2. Bonito, meu irmão.
    Rosas brancas em cima da mesa...

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  3. Bela escrita meu nobre... é complicado o mundo que estamos! abrc

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